segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

SHALE GAS NA DIANTEIRA


SHALE GAS NA DIANTEIRA TEM RESULTADOS IMEDIATOS A pesquisa do “Shale Gas” está pelo menos 10 anos à frente do Pre-sal, que ainda precisa de outros 10 anos para apresentar resultados. Nestes próximos 10 anos o cenário será outro para o preço do barril diante do sucesso de novas tecnologias. Ainda mais com os campos mais promissores de “Gás de Xisto” na vizinha Argentina e o Pré-sal do México – com a Pemex em vias de ser privatizada – ambos oferecendo maiores vantagens. Apostar no Pré-sal é para grandes petrolíferas que têm capacidade financeira. A Petrobras tem reconhecida experiência, mas não tem capacidade financeira, por isso precisa de grandes petrolíferas como sócias não só financeiras. È um risco muito grande para a Petrobras enfrentar sozinha. Se o “tsunami de dólares” barateava o combustível importado, imagina o efeito perverso da valorização que encarece o gás, gasolina e etanol importado que a Petrobras vá ter de bancar daqui pra frente. O aumento no preço da gasolina foi insuficiente e a reação foi imediata nas cotações da Petrobras de 10%. No diesel de 8%, serviu para melhorar o caixa da empresa. Se as reservas são maiores do que a Petrobras dá conta de explorar e o governo está mais interessado no bônus de assinatura do que em resultados futuros, uma solução é angariar recursos em parte do Pré-sal no regime de concessão – cujo bônus de assinatura é maior – e utilizar estes recursos na exploração do campo de Libra recém leiloado. “Na prática um bônus de assinatura maior é mais compatível com o regime de Concessão, no qual o governo nacional privilegia a antecipação de receitas e não se preocupa com a otimização da produção e da arrecadação de longo prazo. O valor de bônus fixado pode expressar a opção por maximizar a arrecadação de curto prazo e também reduzir a atratividade do leilão de um campo, a princípio, muito promissor como é o caso de Libra. Bônus de assinatura alto também comprometeria mais a disponibilidade de caixa da Petrobras”. Fonte: Thales Viegas, Blog Infopetro. Por outro lado, preço alto não quer dizer inflação, mas a sua derivada. É um fenômeno monetário: se o usuário gasta mais com gasolina, fica com menos dinheiro para gastar com outras coisas, cuja menor demanda faz o preço destas outras coisas baixarem e o índice permanece. Admira muito não se lembrarem destas velhas lições. Melhor mesmo é fazer – temporariamente – o que Ministro está propondo: retirar do cálculo o preço dos combustíveis. Veremos que as alterações serão pequenas. O que importa mesmo é a aparência: “à mulher de Cezar não basta ser honesta, tem de parecer honesta”. Afinal, o preço já é monitorado.

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