segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

EFEITOS DA REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA


EFEITOS COLATERAIS DA REVOLUÇÃO TECNOLÓGIA O efeito de um ganho global de produtividade é o inverso de uma inflação de demanda. Há uma sensação de riqueza ou de excesso de moeda que sobra para compra de outros produtos não atingidos pelas novas tecnologias, cujos preços aumentam, restabelecendo o equilíbrio. Caberia ao FED manter a quantidade de moeda e a inflação estaria contida. Entretanto, o FED fez justamente o contrário: “Passou a imprimir dinheiro e dar aos bancos em troca dos títulos hipotecários em posse destes bancos. Isso limpou o balancete dos bancos e fez com que a base monetária explodisse.”(Onde está a inflação..., Leandro Roque do Instituto Von Mises) Durante os governos democráticos de Carter, Clinton, – incluídos W. Bush – o FED foi leniente com a capacidade dos bancos de criar “moeda do nada” para tirar a economia da imobilidade, seguindo a surrada política Keynesiana. Mais que isso: as agências de risco foram instadas a serem tolerantes com tomadores duvidosos de crédito, em nome de uma política de inclusão social. – A despeito da elevada emissão, contudo, a moeda emitida não retornava ao mercado em forma de novos empréstimos e permanecia – confortavelmente – nos próprios bancos como reserva que os bancos mantêm voluntariamente depositadas junto ao Fed (um registro eletrônico na própria conta do FED sem receber juro) por falta novos tomadores. Simples assim. As sucessivas intervenções do FED só fizeram prolongar desnecessariamente o período de recessão. Após todas estas intervenções, o Fed assumiu uma postura totalmente inaudita em toda a sua história: ele simplesmente passou a comprar todos os títulos hipotecários em posse dos bancos. Ou seja, ele passou a imprimir dinheiro e dar aos bancos em troca dos títulos hipotecários em posse destes bancos. Isso limpou o balancete dos bancos e fez com que a base monetária explodisse. No entanto, e felizmente, todo este aumento da base monetária não se converteu em expansão do crédito. Ou seja, os bancos não jogaram este dinheiro na economia. A quase totalidade do aumento da base monetária transformou-se em "reservas em excesso". "Reservas em excesso" são as reservas que os bancos mantêm voluntariamente depositadas junto ao Fed, além do volume determinado pelo compulsório. Leandro Roque.

INFLAÇÃO ás AVESSAS


DEFLAÇÃO DE OFERTA Para o bem da didática, permitam cunhar – de propósito – uma expressão nova: “deflação de oferta”. Ambos não constituem caso de inflação propriamente. Mas há uma diferença entre eles. O efeito da chamada inflação de demanda sobre os preços de todos os produtos é o mesmo da “deflação da oferta” só que com sinal invertido: No primeiro caso, diminui a procura por outros bens por falta de moeda, cujos preços baixam naturalmente e o equilíbrio é restabelecido. O segundo caso é mais delicado por haver excesso de oferta causado tanto por superprodução quanto por ganhos de produtividade. No segundo caso sobra moeda para consumir com outros produtos básicos, cuja procura não pode ser atendida prontamente porque requer investimentos antecipados, assim, os preços sobem de forma concomitante. Deflação por superprodução e ganhos de produtividade são mais traumáticos pelo perda definitiva definitivas de profissões, difíceis de serem realocadas: artesões, tecelões, ascensoristas, etc. As novas tecnologias desocupam de mão de obra. Exemplo: superprodução do café na década de 30, telecomunicações e computadores na década de 70. DEFLAÇÃO POR SUPERPRODUÇÃO Antes de causar qualquer espanto, explico: – Qual foi o efeito da revolução tecnológica sobre os salários atualizados da época? Em menos de 30 anos de revolução tecnológica os assalariados dos EUA foram surpreendidos com a incrível abundância de produtos provenientes dos países asiáticos – especialmente da China – por preço jamais imaginado. Nem foi preciso nenhuma distribuição de renda para que os assalariados sentissem na pele a sensível melhora do seu padrão de vida. Passaram a buscar onde gastar o excedente de moeda em seu poder, antes que outros produtos primários – não dependentes – subissem de preço. Passaram a gastar mais energia, mais petróleo e mais comodities. Daí o aumento do preço desse tipo de produto – quase que concomitantes com aqueles que foram rebaixados. O FED não precisaria fazer nada de especial para manter os preços em geral nos mesmos patamares. Nenhuma surpresa: a inflação seria contida e todos sairiam ganhando. Após breve decurso de tempo de recessão os investimentos de alguns poupadores acabariam se orientando para a produção de petróleo e comodities aumentando a oferta fazendo retornar os aos mesmos preços de antes. Não fosse essa política monetária frouxa adotada pelo Fed durante a década de 1920, os preços teriam caído durante aquela década, a qual vivenciou um robusto aumento de produtividade O preço do ouro também aumenta durante os períodos de crescimento econômico artificial e cai durante as recessões. No entanto, desde que a última recessão americana terminou oficialmente em 2009 (como mensurado tecnicamente pela variação do PIB), o preço do ouro mais do que dobrou. A política de juros zero do Fed fez com que o custo de oportunidade de se investir em ouro se tornasse extraordinariamente baixo. As maciças injeções monetárias feitas pelo Fed criaram uma enorme pressão altista no preço do ouro. Nenhuma surpresa. Ouro, Petróleo e Comodities sobem durante os períodos de crescimento econômico artificial e cai durante as recessões.na fase de inflação e decrescem na seguinte fase de recessão. Leandro Roque, Instituto Von Mises.