sexta-feira, 14 de dezembro de 2018


Países petrolíferos decidem congelar produção


Rússia, Arábia Saudita, Venezuela e Catar concordam em manter a produção da commodity no nível de janeiro, para evitar maiores quedas no preço no mercado internacional. (16.02.2016)

Mudanças históricas


Reunião em dezembro de 2015, na sede da Opep em Viena,, não freou queda dos preços: "Qualquer que seja a evolução dos preços, os mercados poderão nunca mais ser os mesmos", conclui a AIE no último relatório do mercado petroleiro. Para economias dependentes de petróleo, isso implica grandes mudanças. Angola, por exemplo, obteve com o "ouro negro" cerca de 70% das receitas fiscais em 2014. Mas, segundo dados do Ministério das Finanças angolano, esse valor caiu para a metade em 2015. Os países petrolíferos precisam de se adaptar, para evitar um colapso econômico devido à baixa dos preços. Pois muitas das mudanças vieram para ficar. default O MÊS DE FEVEREIRO EM IMAGENS Remoção da "Selva de Calais" A desocupação do acampamento de refugiados conhecido com a "Selva de Calais", no norte da França, teve confronto entre os moradores e a polícia que lançou bombas de gás lacrimogêneo contra um grupo de migrantes e ativistas que protestavam no local. Calais se tornou há mais de duas décadas um ponto de referência para refugiados que esperam uma oportunidade para partir para o Reino Unido.

8. Cartel da Opep já não funciona


Os 13 países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo – entre eles a Arábia Saudita, Iraque, Irã, Nigéria e Angola – são responsáveis por 32,3 milhões de barris por dia. Portanto, controlam cerca de um terço da produção global, de 97 milhões de barris. Teoricamente, deveria ser fácil cortar a produção para aumentar os preços. E seria de esperar, já que a Opep foi fundada como um cartel clássico, cuja função é manter os preços altos para o benefício do produtor (e em detrimento dos consumidores). Mas até agora nenhum país membro da Opep implementou cortes. Quase todos mantiveram a produção estável ou até aumentaram o volume de crude extraído. Pelo visto, a Opep ainda não consegue travar a queda livre do preço. O ministro do Petróleo da Venezuela, Eulogio del Pino, pediu uma reunião extraordinária da Opep e, numa ronda pelos países-membros e a Rússia, tenta reunir consenso para diminuir a produção e reverter a descida dos preços. O objetivo da Venezuela é um "preço justo", em torno de 70 dólares por barril, mais do dobro do preço atual.

7. Inverno ameno no Hemisfério Norte


O ano de 2015 foi o mais quente desde que começaram os registros de temperatura no século 19, segundo dados da americana Agência Federal para a Atmosfera e os Oceanos (NOAA). E 2016 deve ser mais um ano quente, devido ao fenômeno meteorológico "El Niño". O inverno 2015/16 no Hemisfério Norte é tão ameno, que a procura de gasóleo para aquecimento diminuiu nos EUA, Europa e Japão. A menor demanda faz descer os preços.

6. Medo da crise na China


Com taxas oficiais de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) superiores a 6%, parece estranho falar de crise na China. Mas muitos analistas e investidores temem que, por trás desses números oficiais, se esconda uma realidade bem pior. A queda das ações nas bolsas chinesas é um indício de que o milagre econômico chinês possa estar próximo do fim. Tais perspectivas causam muito nervosismo nos mercados, pois a economia chinesa fomentou em grande parte o boom dos recursos naturais na África, América Latina e Austrália. Nos últimos dez anos, a China aumentou seu consumo de petróleo de 7 para 11 milhões de barris por dia – o equivalente à América Latina e a África subsaariana em conjunto. Angola e o Sudão, por exemplo, vendem uma grande parte do seu petróleo à China. Não é de estranhar que todos os indícios de uma crise na China exerçam uma enorme pressão negativa no mercado petroleiro.

4. Petróleo do pré-sal do Brasil


Outro país que aumentou significativamente seu volume de produção é o Brasil, que, de 2013 a 2015, passou de 2,6 para 3 milhões de barris por dia. Segundo dados da Opep, em 2015 72 novos poços entraram em função, depois de 87 em 2014. O Brasil tornou-se líder na exploração offshore em águas ultraprofundas. Foram descobertas grandes quantidades de petróleo no chamado pré-sal, camadas rochosas a uma profundidade de quatro a oito quilômetros. Mas as perspectivas brasileiras não parecem muito animadoras. Para explorar estes jazigos são precisas tecnologias muito caras e sem viabilidade econômica em épocas de preços baixos. E a maior companhia petrolífera brasileira, a semi-estatal Petrobras, está envolvida numa série de escândalos de corrupção e já teve que cortar os planos de investimentos. Brasilien

5. Arábia Saudita quer manter quota de mercado


Nas últimas décadas, a Arábia Saudita era determinante para o preço do crude. O país tem grandes reservas de petróleo e muitos poços que não operam no limite da sua produção. Portanto pode aumentar rapidamente – e com custos muito baixos – o volume de crude colocado no mercado e influenciar estrategicamente os preços. Ao contrário, também poderia reduzir sua produção para escassear o petróleo e tornar o "ouro negro" mais caro. Mas, mesmo com um déficit orçamental recorde de 89,2 bilhões de euros em 2015 devido à queda do preço do petróleo bruto, a Arábia Saudita parece determinada a continuar a produzir mais e não menos, como seria de esperar. Analistas dizem que o objetivo principal dos sauditas é manter a quota do mercado. O cálculo: com preços baixos, investimentos em poços com novas tecnologias como o fracking e em águas ultraprofundas deixam de ser rentáveis. Com a saída do mercado desses produtores concorrentes, a Arábia Saudita assumiria de novo um papel de país determinante.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

3. Regresso do Irã ao mercado depois do fim do embargo


Com a entrada em vigor do acordo nuclear entre o Irã e o Grupo 5+1 (Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, China, França, mais Alemanha), em janeiro, foi levantada uma grande parte das sanções internacionais contra o país asiático. As sanções dificultaram o acesso do Irã ao mercado petroleiro. Após as sanções, o país deve aumentar a sua produção, atualmente de cerca de 3 milhões de barris por dia, segundo relatórios da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A Agência Internacional de Energia (AIE) prevê um aumento de 300 mil barris ao dia até o fim de 2016, exercendo mais pressão sobre os preços mundiais. Öl am Persischen Golf. Instalações petrolíferas na costa iraniana 4. Petróleo do pré-sal do Brasil Outro país que aumentou significativamente seu volume de produção é o Brasil, que, de 2013 a 2015, passou de 2,6 para 3 milhões de barris por dia. Segundo dados da Opep, em 2015 72 novos poços entraram em função, depois de 87 em 2014. O Brasil tornou-se líder na exploração offshore em águas ultraprofundas. Foram descobertas grandes quantidades de petróleo no chamado pré-sal, camadas rochosas a uma profundidade de quatro a oito quilômetros. Mas as perspectivas brasileiras não parecem muito animadoras. Para explorar estes jazigos são precisas tecnologias muito caras e sem viabilidade econômica em épocas de preços baixos. E a maior companhia petrolífera brasileira, a semi-estatal Petrobras, está envolvida numa série de escândalos de corrupção e já teve que cortar os planos de investimentos. Brasilien Ölplattform P-26 Petrobras Plataforma flutuante P-26, da Petrobras, no campo Marlim Sul 5. Arábia Saudita quer manter quota de mercado Nas últimas décadas, a Arábia Saudita era determinante para o preço do crude. O país tem grandes reservas de petróleo e muitos poços que não operam no limite da sua produção. Portanto pode aumentar rapidamente – e com custos muito baixos – o volume de crude colocado no mercado e influenciar estrategicamente os preços. Ao contrário, também poderia reduzir sua produção para escassear o petróleo e tornar o "ouro negro" mais caro. Mas, mesmo com um déficit orçamental recorde de 89,2 bilhões de euros em 2015 devido à queda do preço do petróleo bruto, a Arábia Saudita parece determinada a continuar a produzir mais e não menos, como seria de esperar. Analistas dizem que o objetivo principal dos sauditas é manter a quota do mercado. O cálculo: com preços baixos, investimentos em poços com novas tecnologias como o fracking e em águas ultraprofundas deixam de ser rentáveis. Com a saída do mercado desses produtores concorrentes, a Arábia Saudita assumiria de novo um papel de país determinante. Saudi-Arabien Öl Pumpstation Pump 3 in der Wüste bei Khouris Estação de bombeamento Pump 3, da Saudi Aramco, em Khouris 6. Medo da crise na China Com taxas oficiais de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) superiores a 6%, parece estranho falar de crise na China. Mas muitos analistas e investidores temem que, por trás desses números oficiais, se esconda uma realidade bem pior. A queda das ações nas bolsas chinesas é um indício de que o milagre econômico chinês possa estar próximo do fim. Tais perspectivas causam muito nervosismo nos mercados, pois a economia chinesa fomentou em grande parte o boom dos recursos naturais na África, América Latina e Austrália. Nos últimos dez anos, a China aumentou seu consumo de petróleo de 7 para 11 milhões de barris por dia – o equivalente à América Latina e a África subsaariana em conjunto. Angola e o Sudão, por exemplo, vendem uma grande parte do seu petróleo à China. Não é de estranhar que todos os indícios de uma crise na China exerçam uma enorme pressão negativa no mercado petroleiro. Südsudan Ausländische Arbeiter Chinesen Trabalhadores da empresa petrolífera chinesa Sinopec no Sudão do Sul 7. Inverno ameno no Hemisfério Norte O ano de 2015 foi o mais quente desde que começaram os registros de temperatura no século 19, segundo dados da americana Agência Federal para a Atmosfera e os Oceanos (NOAA). E 2016 deve ser mais um ano quente, devido ao fenômeno meteorológico "El Niño". O inverno 2015/16 no Hemisfério Norte é tão ameno, que a procura de gasóleo para aquecimento diminuiu nos EUA, Europa e Japão. A menor demanda faz descer os preços. Symbolbild Klimawandel in Deutschland Estação de esqui em Garmisch-Partenkirchen, sul da Alemanha: inverno 2015/16 é especialmente ameno no Hemisfério Norte 8. Cartel da Opep já não funciona Os 13 países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo – entre eles a Arábia Saudita, Iraque, Irã, Nigéria e Angola – são responsáveis por 32,3 milhões de barris por dia. Portanto, controlam cerca de um terço da produção global, de 97 milhões de barris. Teoricamente, deveria ser fácil cortar a produção para aumentar os preços. E seria de esperar, já que a Opep foi fundada como um cartel clássico, cuja função é manter os preços altos para o benefício do produtor (e em detrimento dos consumidores). Mas até agora nenhum país membro da Opep implementou cortes. Quase todos mantiveram a produção estável ou até aumentaram o volume de crude extraído. Pelo visto, a Opep ainda não consegue travar a queda livre do preço. O ministro do Petróleo da Venezuela, Eulogio del Pino, pediu uma reunião extraordinária da Opep e, numa ronda pelos países-membros e a Rússia, tenta reunir consenso para diminuir a produção e reverter a descida dos preços. O objetivo da Venezuela é um "preço justo", em torno de 70 dólares por barril, mais do dobro do preço atual. Wien OPEC Treffen Emmanuel Ibe Kachikwu Reunião em dezembro de 2015, na sede da Opep em Viena,, não freou queda dos preços Mudanças históricas "Qualquer que seja a evolução dos preços, os mercados poderão nunca mais ser os mesmos", conclui a AIE no último relatório do mercado petroleiro. Para economias dependentes de petróleo, isso implica grandes mudanças. Angola, por exemplo, obteve com o "ouro negro" cerca de 70% das receitas fiscais em 2014. Mas, segundo dados do Ministério das Finanças angolano, esse valor caiu para a metade em 2015. Os países petrolíferos precisam de se adaptar, para evitar um colapso econômico devido à baixa dos preços. Pois muitas das mudanças vieram para ficar. default O MÊS DE FEVEREIRO EM IMAGENS Remoção da "Selva de Calais" A desocupação do acampamento de refugiados conhecido com a "Selva de Calais", no norte da França, teve confronto entre os moradores e a polícia que lançou bombas de gás lacrimogêneo contra um grupo de migrantes e ativistas que protestavam no local. Calais se tornou há mais de duas décadas um ponto de referência para refugiados que esperam uma oportunidade para partir para o Reino Unido. (29/02) 1234567891011121314151617181920212223242526272829303132 LEIA MAIS Países petrolíferos decidem congelar produção Rússia, Arábia Saudita, Venezuela e Catar concordam em manter a produção da commodity no nível de janeiro, para evitar maiores quedas no preço no mercado internacional. (16.02.2016) Opinião: O medo do crash está de volta Diante da complexa situação econômica mundial, incluindo a queda do preço do petróleo, bolsas reagem negativamente. Mas para o jornalista econômico da DW Henrik Böhme, presságios de uma nova crise financeira são exagero. (09.02.2016) Por que o preço da gasolina não cai no Brasil? Barril do petróleo despenca a baixas recordes. Mas país, ao contrário de outros mercados, não vê valor do combustível diminuir. Para analistas, principal motivo é a crise na Petrobras. Entenda. (04.02.2016) O que está por trás da desvalorização do petróleo? No início de 2016, commodity atingiu seu valor mais baixo em 12 anos. Entre outros motivos, devido à inundação do mercado promovida pela Arábia Saudita. Mas especialistas acreditam que o fundo do poço já foi alcançado. (28.01.2016) Petróleo a US$ 30 lança dúvidas sobre viabilidade do pré-sal Em 2008, quando o barril valia mais de US$ 100, Lula disse que as reservas do pré-sal eram um bilhete premiado. Hoje, com o preço em US$ 30, analistas e Petrobras divergem sobre viabilidade dessa produção de alto custo. (25.01.2016) O mês de fevereiro em imagens Data 16.02.2016 Autoria Johannes Beck Assuntos relacionados Maduro, Irã, Petrobras, Operação Lava Jato, Brasil, Venezuela Palavras-chave petróleo, fracking, Brasil, Petrobras, Venezuela, Arábia Saudita, Irã, Opep Feedback : Comentário Imprimir Imprimir a página Link permanente https://p.dw.com/p/1HwDG CONTEÚDO RELACIONADO Erdölraffinerie in Katar Saída do Catar expõe relevância minguante da Opep 03.12.2018 Com o pequeno produtor de petróleo abandonando a organização, a tendência é outros grandes produtores, como Rússia e EUA, imporem seus próprios interesses ao mercado. A Opep estará com seus dias contados? USA Demonstranten vor der Botschaft Saudi Arabiens in Washington Cresce pressão sobre Arábia Saudita por caso Khashoggi 19.10.2018 Lideranças políticas e financeiras cancelam participação em evento no país, e Trump reconhece que jornalista desaparecido pode estar morto. Importante aliado do Ocidente, Riad tem que explicar destino do dissidente. Iran Protest gegen US-Sanktionen in Teheran Como as sanções afetam o Irã – e todo o Oriente Médio 06.11.2018 As novas retaliações impostas pelo governo Trump colocam a economia da República Islâmica sob pressão crescente. Só que seus efeitos não se resumem ao país e podem se alastrar-se por toda a região.

2. Aumento da produção no Iraque


Pouca gente notou, mas o país com o segundo maior aumento de produção em 2015 foi o Iraque. Apesar da guerra civil com o grupo jihadista "Estado Islâmico" (EI), o país passou de uma produção diária de 3,3 milhões de barris, em 2014, para 4,3 milhões de barris no final de 2015. O aumento de 1 milhão de barris representa uma oferta adicional nos mercados que equivale aproximadamente à produção da Argélia, terceiro maior produtor africano. E o Iraque já produz mais petróleo do que antes do início da guerra com os Estados Unidos em 2003. O crude iraquiano é extraído principalmente na região autônoma dos curdos, no norte do país, a única relativamente estável do Iraque.

1. Ascensão dos EUA como produtor


1. Ascensão dos EUA como produtor Entre 2012 e 2015, os Estados Unidos aumentaram sua produção de petróleo de 10 para 14 milhões de barris por dia e tornaram-se o maior produtor mundial, ultrapassando a Rússia e a Arábia Saudita. A quantidade adicional que chega aos mercados através do aumento da produção nos EUA é gigantesca: os 4 milhões de barris por dia equivalem à produção conjunta da Nigéria, Angola e Líbia, três dos maiores produtores de petróleo na África.

Será que vamos voltar a preços tão baixos?


Parece que chegou ao fim a época dos preços de três dígitos, que começou em 2011. Uma fase pouco típica já que, durante muito tempo, o petróleo foi vendido por preços de um ou dois dígitos. Nas décadas de 80 e 90, era normal vender e comprar o barril de crude (petróleo bruto) por cerca de 20 dólares. Em 1999, o barril do tipo Brent até chegou a ser comercializado por menos de 10 dólares. Será que vamos voltar a preços tão baixos? Ainda não sabemos até que ponto os preços vão continuar a queda livre dos últimos meses, mas podemos identificar um conjunto de fatores que mudou profundamente o mercado petroleiro.

FIM DO BARRIL A 3 DIGITOS


Parece que chegou ao fim a época dos preços de três dígitos, que começou em 2011. Uma fase pouco típica já que, durante muito tempo, o petróleo foi vendido por preços de um ou dois dígitos. Nas décadas de 80 e 90, era normal vender e comprar o barril de crude (petróleo bruto) por cerca de 20 dólares. Em 1999, o barril do tipo Brent até chegou a ser comercializado por menos de 10 dólares. Será que vamos voltar a preços tão baixos? Ainda não sabemos até que ponto os preços vão continuar a queda livre dos últimos meses, mas podemos identificar um conjunto de fatores que mudou profundamente o mercado petroleiro.

Oito motivos para a queda do preço do petróleo


A baixa do preço da commodity causa problemas para produtores como Brasil, Venezuela, Angola e Nigéria. Entenda por que o "ouro negro" perdeu valor e por que provavelmente o mercado petroleiro nunca mais será o mesmo.

1º motivo


Pouca gente notou, mas o país com o segundo maior aumento de produção em 2015 foi o Iraque. Apesar da guerra civil com o grupo jihadista "Estado Islâmico" (EI), o país passou de uma produção diária de 3,3 milhões de barris, em 2014, para 4,3 milhões de barris no final de 2015. O aumento de 1 milhão de barris representa uma oferta adicional nos mercados que equivale aproximadamente à produção da Argélia, terceiro maior produtor africano. E o Iraque já produz mais petróleo do que antes do início da guerra com os Estados Unidos em 2003. O crude iraquiano é extraído principalmente na região autônoma dos curdos, no norte do país, a única relativamente estável do Iraque.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

TÉRMICAS PERMANENTES


“O acionamento das UTE durante todo o ano de 2013 indica que o novo paradigma hidrotérmico veio para ficar, o que exigirá um esforço muito grande da política e do planejamento energético, que terá que alterar práticas, ações, métodos e modelos computacionais”. Nivalde de Castro.

RESERVATÓRIOS CHEIOS E A ENERGIA DE PONTA


Reservatórios quase cheios é a contingência estrutural do sistema que se torna cada vez mais hidrotérmico. Mas, é claro que não vão permanece parados nesta condição. Usinas de jusante precisam funcionar para que hidroelétricas forneçam a parcela de energia que lhes cabe, que ainda é grande. Ademais, hidroelétricas vão ter atender picos todos os dias do ano, especialmente no período seco. A redução de tarifas – sempre benvinda – ocorre em momento crucial em que o sistema passa por mudanças estruturais com a utilização de modo permanente de térmicas nos próximos anos

SINAS TÉRMICAS: UMA QUESTÃO DE CONTEXTO


. Usinas térmicas já foram mais baratas do que hidroelétricas no passado. “A quantidade de geração térmica necessária para que a complementação se dê de forma econômica é função, além do preço dos combustíveis, da disponibilidade da energia secundária do sistema, que será, no futuro, um dos pontos cruciais das regras de comercialização” (Altino Ventura). Depende da época em que usinas térmicas foram construídas.

“nada é de graça”


Como afirma Friedman, “nada é de graça”: assim como não existe meio ambiente impoluto não haverá sistema elétrico incólume. Não existem sistemas hidroelétricos isentos de risco, como se fosse possível e desejável um sistema de risco zero. Evidentemente isto é um absurdo. Ninguem que estude seriamente o problema considera o risco zero como estado de coisas desejáveis e possíveis. O preço da garantia é o superdimensionamento. A manutenção de “energia garantida” é muito dispendiosa por sua inerente dependência do clima. É um luxo somente permitido aos países industrializados.

GLOBALIZAÇÃO


GLOBALIZAÇÃO A globalização não é uma estratégia imposta pelos países industrializados para continuar colonizando países em desenvolvimento. Pelo contrário, ocorreram espontaneamente a revelia dos governos dos países industrializados e a despeito das ideologias, crenças e religiões. A cooperação de empresas transnacionais com os países em desenvolvimento propiciou enormes benefícios para ambas as partes com o que os países em desenvolvimento puderam crescer mais.

SISTEMAS IMPOLUTOS OU ISENTO DE RISCOS


O alagamento produzido por reservatórios tem um efeito semelhante, em princípio, ao da poluição ambiental. “Com freqüência, a discussão pública do problema ambiental caracteriza-se mais pela emoção do que pela razão. Grande parte dela se desenvolve como se o ponto crucial fosse poluição e não poluição, como se fosse desejável e possível ter um mundo impoluto. Evidentemente isto é um absurdo. Ninguem que pense seriamente sobre o assunto considera a poluição zero como estado de coisas desejável e possível” (Milton Friedman).

domingo, 4 de novembro de 2018

APAGARO O CANDIEIRO E DERRAMARO O GAIS


Aliás, ainda está por entender porque no não foi feito isso no recente apagão: na pressa esqueceu-se de abrir a torneira do gás e apertar o botão das termoelétricas. Hugo Siqueira Avenida Oscar Ornelas 157 Cabo Verde MG fone

Inerente dependência do clima


A manutenção de “energia garantida” é muito dispendiosa por sua inerente dependência do clima. É um luxo somente permitido aos países industrializados. A forma natural de ter 100% de “energia garantida” é através de fontes térmicas porque nestas o combustível já constitui um estoque de energia, disponível a qualquer tempo, independente de condições climáticas.

Como afirma Friedman, “nada é de graça"


Como afirma Friedman, “nada é de graça”: assim como não existe meio ambiente impoluto não haverá sistema elétrico incólume. Não existem sistemas hidroelétricos isentos de risco, como se fosse possível e desejável um sistema de risco zero. Evidentemente isto é um absurdo. Ninguem que estude seriamente o problema considera o risco zero como estado de coisas desejáveis e possíveis. O preço da garantia é o superdimensionamento.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Como afirma Friedman, “nada é de graça"


Como afirma Friedman, “nada é de graça”: assim como não existe meio ambiente impoluto não haverá sistema elétrico incólume. Não existem sistemas hidroelétricos isentos de risco, como se fosse possível e desejável um sistema de risco zero. Evidentemente isto é um absurdo. Ninguem que estude seriamente o problema considera o risco zero como estado de coisas desejáveis e possíveis. O preço da garantia é o superdimensionamento. A manutenção de “energia garantida” é muito dispendiosa por sua inerente dependência do clima. É um luxo somente permitido aos países industrializados. A forma natural de ter 100% de “energia garantida” é através de fontes térmicas porque nestas o combustível já constitui um estoque de energia, disponível a qualquer tempo, independente de condições climáticas. Aliás, ainda está por entender porque no não foi feito isso no recente apagão: na pressa esqueceu-se de abrir a torneira do gás e apertar o botão das termoelétricas. Hugo Siqueira Avenida Oscar Ornelas 157 Cabo Verde MG fone 0313537361355

sistema de fonte única hidroelétrica


Projetam agora alongar a vida de um sistema de fonte única hidroelétrica ao repetir na Amazônia a mesma estratégia de sucesso utilizada no Sudeste com o emprego de reservatórios de acumulação. Sabidamente os potenciais de fio d’água da Amazônia não produzem estoques de energia, por isso a interligação elétrica por si só, não transfere estoques simplesmente porque não há estoques para transferir. A interligação com o Norte só agrava os riscos operacionais de um sistema inerentemente inseguro pela sua elevada concentração.

“Apagões e inconfidências"


“Apagões e inconfidências acontecem nas melhores famílias”, não é privilégio de países subdesenvolvidos como atesta a maior freqüência nos Estados Unidos, cuja distribuição de energia é regionalizada e cujos efeitos são naturalmente restritos, ao contrário do Brasil que tem um sistema único interligado. Os técnicos da Eletrobrás — que foram extremamente eficientes ao projetar o Sistema Elétrico Brasileiro — já tiveram que lidar com problema semelhante de manter “energia garantida” em sistemas predominantemente hidroelétricos. Sistemas como este são naturalmente inseguros pela inerente dependência do fator clima que constitui fenômeno imprevisível. Não podendo contar com térmicas — indisponíveis na época para aumentar a confiabilidade — a estratégia de sucesso utilizada foram os reservatórios de acumulação, com evidente antecipação de investimentos e endividamento externo. Este, o preço pago pela intuição dos técnicos: o superdimensionamento.

“a maior hidroelétrica do mundo”


Mas porque justo agora com nossa “celebridade” — considerada “a maior hidroelétrica do mundo” — foi acontecer o de repente (in) esperado? Qual a razão da súbita mudança de estratégia provocada pelas recentes notícias? Os sinais são claros:  Postergada para 2010 a licitação da Usina de Belo Monte.  Cadastramento preponderante de usinas térmicas para o leilão de energia nova marcado para 17 de dezembro.  Só agora os especialistas e professores estão se manifestando sobre as fragilidades do Sistema Elétrico Brasileiro.

APAGÃO


“O preço da liberdade é a eterna vigilância”. Parafraseando o Brigadeiro Eduardo Gomes diríamos: “O preço da governabilidade é a inconfidência dos políticos”. Os Judas que compraram indicações do velho cacique são os mesmos com os quais a nossa maior celebridade “O Filho do Brasil” vai ter de dialogar para salvar a governabilidade e a segurança do sistema elétrico. Nos regimes parlamentaristas muitas cabeças já teriam rolado e ministros renunciado ao cargo. O preço da “energia garantida” e dos “riscos operatórios” é o superdimensionamento do sistema elétrico.