terça-feira, 29 de dezembro de 2015

HIDROELÉTRICAS PRÓPRÍAS PARA ENERGIA DE PONTA


Em maio 25, – com acréscimos decrescentes (derivada) – os reservatório atingem o nível satisfatório maior possível de 70%, mas ainda inferior a 2012. Daí segue o mesmo padrão, agora com todas as térmicas ligadas, desta vez de forma permanente. –Porque os reservatórios devem permanecer cheios todo o tempo? Reservatórios cheios permitem suprir picos de demanda por períodos prolongados a qualquer hora, independente do clima. À medida que a demanda por energia cresce, hidroelétricas são cada vez mais solicitadas para atender picos maiores.

RESERVATÓRIOS CHEIOS E A ENERGIA DE PONTA


Reservatórios quase cheios é a contingência estrutural do sistema que se torna cada vez mais hidrotérmico. Mas, é claro que não vão permanece parados nesta condição. Usinas de jusante precisam funcionar para que hidroelétricas forneçam a parcela de energia que lhes cabe, que ainda é grande. Ademais, hidroelétricas vão ter atender picos todos os dias do ano, especialmente no período seco. A redução de tarifas – sempre benvinda – ocorre em momento crucial em que o sistema passa por mudanças estruturais com a utilização de modo permanente de térmicas nos próximos anos. O encarecimento pelo uso da térmica mais cara é uma consequência natural de um sistema que tende cada vez mais para hidrotérmico. Uma coisa nada tem a ver com outra: mesmo se não houvesse a baixa de tarifas o aumento do custo será inevitavelmente maior. “O acionamento das UTE durante todo o ano de 2013 indica que o novo paradigma hidrotérmico veio para ficar”

COGERAÇÃO COM TERMELÉTRICAS A GAS


SAI MAIS EM CONTA E AINDA APROVEITA CALOR DO ESCAPE DE GASES LIGADO à serpentina do aquecedor central. Todo calor proveniente das perdas da queima do gás são integralmente utilizadas para o banho e roupa lavada dos pacientes, que, indubitavelmente constitui a maior demanda de qualquer hospital (70%). È o que denomina cogeração de calor e eletricidade por uma só fonte.

TERMOELÉTRICAS A GÁS EM GERAÇÃO DISTRIBUIDA


TÉRMICAS NO LUGAR DE RESERVATÓRIOS Países industrializados foram extremamente beneficiados por esta política de complementação que privilegiou o capital em detrimento da eficiência no uso final da energia e que levou ao enorme desperdício de um recurso barato, hoje tão escasso. HugoSiqueira 14/04/2013 em 5:09 pm

UM DESPEDÍCIO SUPRIR PONTAS COM T´ÉRMICAS


Mas para que isso ocorra é preciso haver incentivos, segundo o ONS. “queda de produtividade e de potência das hidrelétricas e o horário de ponta teve que ser atendido com térmicas e isso custa caro. Em alguns momentos, o operador chegou a acionar 9 mil MW térmicos para atender a ponta”. Isso é um despropósito (PEN 2011 - 2015). Este é risco hidrológico à forte diferença existente entre a potência instalada e a energia firme3 que se verifica entre o período úmido e seco do ano. Hugo Siqueira, em 12/04/2013.

UM FUTURO DE HIDROELÉTRICAS PRODUTORAS DE PONTA


HIDROELÉTRICAS PRODUTORAS DE PONTA Em maio 25, – com acréscimos decrescentes (derivada) – os reservatório atingem o nível satisfatório maior possível de 70%, mas ainda inferior a 2012. Daí segue o mesmo padrão, agora com todas as térmicas ligadas, desta vez de forma permanente. –Porque os reservatórios devem permanecer cheios todo o tempo? Reservatórios cheios permitem suprir picos de demanda por períodos prolongados a qualquer hora, independente do clima. À medida que a demanda por energia cresce, hidroelétricas são cada vez mais solicitadas para atender picos maiores. Não compensa suprir picos de demanda (MW) através de usinas térmicas: sua potência seria maior do que a necessária para suprir energia (MW x hora). Mas, foi usada e vai continuar usando: um verdadeiro desperdício. Hidroelétrica é a única fonte que tem capacidade instalada maior (na proporção do FC 0.55) do que a quantidade energia que é capaz de produzir. "Algumas hidrelétricas já tem local pronto para colocar essas máquinas adicionais, mas ainda não colocaram. Ou seja, a parte civil já tá pronta. É só aumentar a potência da usina”, segundo o NOS, lembrando que essa ampliação não aumentaria a energia assegurada da usina, apenas à potência.

MUDANÇA ESTRUTURAL PARA UM SISTEMA HIDROTÉRMICO


MUDANÇA ESTRUTURAL PARA UM SISTEMA HIDROTÉRMICO A consequência imediata da baixa de tarifas é a perda de receita dos estados mais consumidores de energia e mudança de postura dos estados mais consumidores diante do novo ‘pacto federativo’. Explico: A declaração da tarifa aplicada (sem impostos) permite ao consumidor calcular o imposto pago por simples diferença. AGIOTAGEM NA COBRANÇA DE IMPOSTOS O preço da energia agora vem declarado explicitamente, menos mal. Exemplo da Cemig: Preço cobrado 0.51/Kwh houve queda de 20% Tarifa aplicada 0.33/Kwh Diferença 0.18/ Kwh A diferença, 0.18 R$/Kwh é imposto (ICMS + PASEP+COFINS) , que, se calculado corretamente sobre a Tarifa aplicada (sem impostos) resulta: 0.18/0.33 = 0.54 ou 54% de (ICMS + PASEP + COFIN) E não 0.18/0.51 = 0.35 ou 35% de (ICMS + PASEP + COFIN) Como vem declarado. Ao reduzir a tarifa aplicada, os impostos (ICMS + PASEP+COFINS) caem automaticamente, porque são cobrados “por dentro”, sem alterar a taxa declarada. A consequência natural é a perda de 20% também dos impostos: de 30% caem para 24% em relação ao cobrado originalmente. Vão pedir compensação, naturalmente.

PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS


Certo receio do encarecimento da energia pode levar à prática conservacionista no uso final da energia e à geração própria de forma distribuída. – indústrias que utilizam gás em “calor de processo”, concorrentes das usinas térmicas deveriam também produzir eletricidade e não apenas calor como, por exemplo, cimenteiras, cerâmicas, refratários, vidro, papel e celulose, etc. – Hospitais, shopping-center, condomínios, escolas não podem prescindir de geradores próprios que produzem ao mesmo tempo calor e eletricidade. Além de ficar mais em conta utilizam o calor dos gases no aquecimento de aparelhos elétricos que, indubitavelmente constitui a maior carga destas instituições. Hidroelétricas podem operar com toda sua capacidade instalada (potência em MW) por breves períodos de ponta ou vizinhança de uma situação de risco iminente. Mas, a energia ficará cada vez mais reduzida ao tempo do período breve. A medida que a carga do sistema cresce cada vez mais as hidroelétricas – em menor proporção – vão, sistematicamente, sendo jogadas para a ponta e produzindo menos energia e, consequentemente diminuindo a necessidade de vazão regularizada para suprir esta peque produção de energia, até que caia abaixo da vazão natural dos rios. Reservatórios deixam de ter significado como produtor de energia ao sistema e passam a funcionar próximo do nível superior do reservatório garantindo potência em intervalos de tempo cada vez menores. Esta é a condição de funcionamento do sistema dos países como a China que voltaram a construir grandes reservatórios, mesmo depois de atingir predominância térmica. Daí os baixos fatores de capacidade (Usina de 3 Gargantas).

A REPOTENCIALIZAÇÃO DAS USINAS DO SUDESTE


Citada como “ovo de colombo” no brilhante trabalho de Ivan Dutra talvez tenha outro significado, como o aumento da capacidade instalada quando sistema atingir a fase de predominância de térmicas e não a simples ’manutenção e modernização’. “A expansão de um sistema puramente hidráulico gera um subproduto chamado energia elétrica secundária, ou seja, aquela parcela cuja disponibilidade não se garante 95% do tempo. Essa energia pode ser entendida como o preço que se paga ao se expandir o sistema através de fontes hídricas. Assim, a disponibilidade crescente de energia secundária acaba viabilizando economicamente a entrada de usinas térmicas. Ela entra no sistema interligado transformando parte dessa energia elétrica secundária em energia garantida, pois complementaria a geração até atingir os 95% de garantia“. Roberto D’Araujo. Agora, é a mudança estrutural para utilização permanente de térmicas na base que afasta hidroelétricas para a ponta, tornando disponíveis grandes quantidades de energia secundária, as quais produzem cada vez menos energia (mais potência em período curto). Assim, os reservatórios permanecem como uma reserva estratégica para ocasiões de extrema urgência.

INCIDÊNCIA DO ICMS


INCIDÊNCIA DO ICMS Outro é o caso do ICMS, o mais exorbitante dos impostos que chega a 43% do preço da energia, ainda que declarado como 30% – por dentro, como fazem os agiotas. Se as térmicas, em maior proporção, vão funcionar o tempo todo, a incidência do ICMS e demais encargos será ainda maior para as distribuidoras, anulando todo efeito de redução conjuntural até aqui. Estados mais consumidores de energia do SE serão os 1°s interessados na redução deste imposto, para evitar a saída de indústrias, como fazem os estados mais pobres para atraí-las. Estes estados do SE são os maiores consumidores de energia do tipo térmico, como cimenteiras, cerâmicas, vidro e produção de alimentos e bebidas. Logo serão os mais interessados em gerar – de forma distribuída – a sua própria energia. Estados mais pobres do Norte e Nordeste já produzem energia hidroelétrica muito mais barata para complementar localmente térmica mais cara. Além disso, já contam com o gás natural para transformar térmicas a vapor em usinas combinadas de cogeração. Esta mudança estrutural veio para ficar e a maneira de reduzir o custo é economizar no uso mais eficiente da energia.

USO INTENSIVO DE TÉRMICAS


Certo receio do encarecimento da energia pode levar à prática conservacionista no uso final da energia e à geração própria de forma distribuída. – indústrias que utilizam gás em “calor de processo”, concorrentes das usinas térmicas deveriam também produzir eletricidade e não apenas calor como, por exemplo, cimenteiras, cerâmicas, refratários,vidro, etc. – Hospitais, shopping-center, condomínios, fábrica de bebidas, etc. deveriam também produzir sua própria energia através de conjuntos combinados: geradores de reserva que produzem ao mesmo tempo calor e eletricidade. – Hospitais, shopping-center, condomínios, escolas não podem prescindir de geradores próprios: além de ficar mais em conta utilizam o calor dos gases no aquecimento de aparelhos elétricos que, indubitavelmente constitui a maior carga destas instituições.

TERMELÉTRICAS COMPLENTA TÉMICAS A VAPOR


Não se trata mais de um sistema complementado por um punhado de hidroelétricas antigas a vapor, mas de um sistema hidrotérmico com forte presença de térmicas. Para que continuem existindo essas antigas térmicas a vapor de baixo rendimento precisam ser melhoradas para que continuem funcionando com maior rendimento do conjunto. Para tanto, basta que sejam acopladas à térmicas a gás de alto rendimento e que – acima de tudo – aproveite todo o calor dos gases para finalidades térmicas. O mesmo se pode dizer das novas térmicas a gás. Precisam estar combinadas à indústria que aproveite a energia dos gases de escape: cimenteiras, fábricas de papel e celulose, indústria cerâmica, etc. e não apenas queimar o combustível gás em “calor de processo”. Em regime normal, hidroelétricas só poderiam produzir 40 MWm (67% de 60 MWm) da energia e não 54 MWm (90% de 60MWmedios). Há aqui um excesso de 14MWmédios (54000 – 40000) gerados por hidroelelétricas ( ou 23% a mais). Sinal de que hidroelétricas funcionaram com vazões maiores do que sua vazão regularizada em 2012 por tempo prolongado.

FORTE PRESENÇA DE TÉRMICAS


Não se trata mais de um sistema complementado por um punhado de hidroelétricas antigas a vapor, mas de um sistema hidrotérmico com forte presença de térmicas. Para que continuem existindo essas antigas térmicas a vapor de baixo rendimento precisam ser melhoradas para que continuem funcionando com maior rendimento do conjunto. Para tanto, basta que sejam acopladas à térmicas a gás de alto rendimento e que – acima de tudo – aproveite todo o calor dos gases para finalidades térmicas. O mesmo se pode dizer das novas térmicas a gás. Precisam estar combinadas à indústria que aproveite a energia dos gases de escape: cimenteiras, fábricas de papel e celulose, indústria cerâmica, etc. e não apenas queimar o combustível gás em “calor de processo”. Em regime normal, hidroelétricas só poderiam produzir 40 MWm (67% de 60 MWm) da energia e não 54 MWm (90% de 60MWmedios). Há aqui um excesso de 14MWmédios (54000 – 40000) gerados por hidroelelétricas ( ou 23% a mais). Sinal de que hidroelétricas funcionaram com vazões maiores do que sua vazão regularizada em 2012 por tempo prolongado.

O FUTURO DAS TÉRMICAS EM SISTEMA HIDROTERMICO


"As hidrelétricas sozinhas já não dão conta de atender a demanda do país. Já usamos termelétricas para complementar a oferta, mas o que precisamos agora é buscar térmicas com custo de combustível barato para fazer com que gerem durante todo o tempo, como fazem as hidrelétricas" (Altino Ventura). Com o aumento da carga a inserção mais frequente de térmicas colocadas na base afasta hidroelétricas – agora em menores proporções – para a ponta, as quais produzem cada vez menos energia. Hidroelétricas em menor proporção geram cada vez menos energia e, consequentemente, menor dependência dos reservatórios para manter a pequena vazão para firmar as hidroelétricas. O SIN se torna mais seguro com a garantia efetiva das térmicas, porem mais cara a energia pelo elevado custo das térmicas. Este é o preço que temos de pagar por termos um sistema ainda fortemente hidroelétrico. Não existe sistema invulnerável a riscos. Qualquer um que pense seriamente sobre o assunto acha este é um fim desejado. Isto é um absurdo. Benefícios da modicidade têm de ser confrontados com os custos da segurança. Todos nós pagaremos por isto: não há mais ninguém para pagar. Não se trata de uma questão ideológica: faça chuva ou faça sol esta é a imprevisibilidade da natureza. Encham ou não os reservatórios, um dia o sistema será térmico como já é marcante nos países industrializados.

TÉRMICAS O ANO TODO


Térmicas funcionando o ano todo vai permitir que parte da energia potencial economizada em reservatórios seja utilizada para o aumento de capacidade instalada e o restante para economizar combustível. São dois propósitos combinados: Energético: economia de combustível nas térmicas existentes. Potencial: incremento da capacidade instalada pela a adição de mais unidades nas hidroelétricas existentes. Esta combinação de propósitos – corriqueira nos países com predominância de térmicas – só veio ocorrer tardiamente no Sistema Elétrico Brasileiro, depois do choque no preço do petróleo importado. À semelhança das usinas de fio d’água da Amazônia – que também são projetadas com baixos fatores de capacidade – as antigas usinas hidroelétricas vão ter de passar por um processo de repotenciação e modernização.

TÉRMICAS PERMANENTES


A manutenção de térmicas ligadas – por segurança –durante o ano todo é o primeiro passo para a permanência definitiva, uma vez que serão ligadas antecipadamente – também por medida de segurança – como conjecturavam alguns setores. Isto mostra a repetição do processo nos anos subsequentes, isto é: a utilização permanente de térmicas na base do sistema. “O acionamento das UTE durante todo o ano de 2013 indica que o novo paradigma hidrotérmico veio para ficar, o que exigirá um esforço muito grande da política e do planejamento energético, que terá que alterar práticas, ações, métodos e modelos computacionais”. Nivalde de Castro.

USINAS TÉRMICAS: UMA QUESTÃO DE CONTEXTO


. Usinas térmicas já foram mais baratas do que hidroelétricas no passado. “A quantidade de geração térmica necessária para que a complementação se dê de forma econômica é função, além do preço dos combustíveis, da disponibilidade da energia secundária do sistema, que será, no futuro, um dos pontos cruciais das regras de comercialização” (Altino Ventura). Depende da época em que usinas térmicas foram construídas. Num contexto de preços baixos dos combustíveis, países industrializados já tinham predominância, isto é, térmicas que já eram mais baratas do que hidroelétricas se tornaram predominantes. Mas, nada impediu que voltassem a construir reservatórios para fins múltiplos (TVA nos Estados Unidos e Ligação Rio Volga ao Rio Don, na antiga URSS). Recentemente a construção da usina de 3 Gargantas pela China.

domingo, 27 de dezembro de 2015

NÃO EXIXTE SISTEMA SE RISCO OU MESMO IMPOLUTOS


“Com freqüência, a discussão pública do problema ambiental caracteriza-se mais pela emoção do que pela razão. Grande parte dela se desenvolve como se o ponto crucial fosse poluição e não poluição, como se fosse desejável e possível ter um mundo impoluto. Evidentemente isto é um absurdo. Ninguem que pense seriamente sobre o assunto considera a poluição zero como estado de coisas desejável e possível” (Milton Friedman). Assim tambem não é desejável e possível um ambiente intocável