sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

8. Cartel da Opep já não funciona


Os 13 países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo – entre eles a Arábia Saudita, Iraque, Irã, Nigéria e Angola – são responsáveis por 32,3 milhões de barris por dia. Portanto, controlam cerca de um terço da produção global, de 97 milhões de barris. Teoricamente, deveria ser fácil cortar a produção para aumentar os preços. E seria de esperar, já que a Opep foi fundada como um cartel clássico, cuja função é manter os preços altos para o benefício do produtor (e em detrimento dos consumidores). Mas até agora nenhum país membro da Opep implementou cortes. Quase todos mantiveram a produção estável ou até aumentaram o volume de crude extraído. Pelo visto, a Opep ainda não consegue travar a queda livre do preço. O ministro do Petróleo da Venezuela, Eulogio del Pino, pediu uma reunião extraordinária da Opep e, numa ronda pelos países-membros e a Rússia, tenta reunir consenso para diminuir a produção e reverter a descida dos preços. O objetivo da Venezuela é um "preço justo", em torno de 70 dólares por barril, mais do dobro do preço atual.

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