sábado, 13 de dezembro de 2014

RESERVAS DE FRANCO PODEM SER MAIORES DO QUE AS DE LIBRA


PORQUE EM LIBRA OCORREU UM LEILÃO DE PERDEDORES? Desagradou “Gregos e baianos”: esquerda e direita, inclusive os velhos nacionalista saudosos. O povão que só sabe de bolsa família ficou encantado e a presidente recupera popularidade. Um leilão na forma de concessão traria mais recursos para exploração de outros campos, diretamente pela Petrobras na forma de prestação de serviço como sugere o professor da USP Ildo Sauer. Por exemplo: Mal comparando, no leilão de Tupy por “cessão onerosa” – renomeado para Lula – rendeu US$42.5 bilhões, conquanto considerado menos promissor. Claro que não entrou dinheiro em espécie. Apenas maior participação estatal no capital da Petrobras e fuga de acionistas minoritários. O que parecia na época uma doação “generosa” – para contrapor à cessão onerosa – acabou por se transformar em dor de cabeça para a Petrobras, com a fuga dos acionistas minoritários e redução do valor das ações a quase metade, situação que perdura até os dias de hoje. “Inicialmente, a estimativa das reservas de Franco, divulgadas em 2010, por ocasião da cessão onerosa, era de cerca de 4,5 bilhões de barris. Desse total, 3 bilhões de barris foram dados em troca de ações da companhia durante a mega capitalização da empresa”. “Outros dois bilhões estão divididos em outros campos do pré-sal de menor porte: Florim, Sul de Guará, Entorno de Iara, Sul de Tupi, Nordeste de Tupi, e uma área contingente (Peroba), somando o total de R$ 74,8 bilhões, valor equivalente às ações cedidas pela Petrobras à União. Na época, se estabeleceu um valor para o petróleo produzido no local de US$ 8,51, valor que será renegociado no ano que vem entre a empresa e o governo”. Fonte: Valor Econômico, por Cláudia Schuffner. Se o poço de Franco sozinho tem reserva igual ou superior ao de Libra – pelo qual a Petrobras também já pagou – significa no mínimo 8 bilhões de barris, ou 5 bilhões a mais do que foi comprometido na capitalização de 2010. Isto pode trazer complicações a já longa e difícil agenda que envolve Petrobras e o governo em torno da renegociação dos contratos de “Cessão Onerosa”. Para ficar com o excedente de 5 bilhões de Franco a Petrobras teria que pagar exatamente o mesmo que pagou na capitalização, isto é: US$42.5 bilhões – a prevalecer o mesmo preço do barril fixado em US$8.51. Ao invés disto, a ANP retomou o campo de libra e o está leiloando. É algo inédito no mundo. Nem Stalin faria isso. “A Petrobrás não foi ressarcida das perfurações de Libra e Franco e nem é isso o que se busca, mas tal fato corrobora a afirmativa de vários diretores de que Libra fez parte da cessão onerosa”. Se as reservas são maiores do que a Petrobras dá conta de explorar e o governo está mais interessado no bônus de assinatura do que em resultados futuros, uma solução é angariar recursos em parte do Pré-sal no regime de concessão – cujo bônus de assinatura é maior – e utilizar estes recursos na exploração do campo de Libra recém leiloado. “Na prática um bônus de assinatura maior é mais compatível com o regime de Concessão, no qual o governo nacional privilegia a antecipação de receitas e não se preocupa com a otimização da produção e da arrecadação de longo prazo. O valor de bônus fixado pode expressar a opção por maximizar a arrecadação de curto prazo e também reduzir a atratividade do leilão de um campo, a princípio, muito promissor como é o caso de Libra. Bônus de assinatura alto também comprometeria mais a disponibilidade de caixa da Petrobras”. Fonte: Thales Viegas, Blog Infopetro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário