sábado, 13 de dezembro de 2014

CÂMBIO FORA DO LUGAR


O governo perdeu a batalha contra o mercado financeiro, segundo Luiz Gonzaga Beluzo, que nem é economista. – “O câmbio está muito fora do lugar e é preciso acelerar as concessões e fortalecer a indústria. A valorização do real por vários anos tornou os empresários importadores e fez a indústria encolher e ficar nanica”. – O país se se meteu numa “camisa de onze varas” e para sair dessa “camisa de força” vai ter que aceitar “na marra” as concessões, mesmo os do Pré-sal, que não consegue chamar mais a atenção de grandes petrolíferas. Sozinha a Petrobras não dá conta e pode sofrer retaliações de ambientalistas em caso de vazamento. – Desenvolvimento não é mais como foi na década de 70. Agora tem de fazer acordos para poder competir. O foco da turbulência está na adequação da exportação e importações (aumentam o de déficit que não mais consegue financiar com capital externo, porque o crescimento é baixo sempre e na indústria não tem dinamismo. A configuração da economia mundial é outra. É preciso procurar outros caminhos. Um deles é o próprio agronegócio e indústria de equipamentos agrícolas. O Brasil produz excesso de eletricidade – segundo o próprio operador do sistema – para um setor industrial que encolheu. Mas tem oportunidade na produção de energia de outro tipo: energia térmica para acionamento de termoelétricas combinadas de complementação e calor de processo utilizado em fábrica de vidro, cerâmica, alimentos e bebidas. Mais tarde, quando o câmbio voltar a refletir o poder de compra, poderá voltar a fabricar máquinas e equipamentos para exportação A eletricidade da Amazônia poderá ser utilizada em geração distribuída para desenvolvimento regional. O mercado acha que ela está a esquerda de Lula que era legal porque aceitava conversar. A presidenta herdou esse negócio do qual é difícil desvencilhar. Deu uma recuada e está desconfortável. Os empresários sabem que ela vai ganhar e estão dispostos a cooperar. Se deixar por conta do PMDB e do próprio PT, Pains, Arnaldo e Suplicy acabarão comprometendo o sistema da previdência. Se conseguirem eleger mais um poste para são Paulo. “O tabelamento da taxa de retorno pegou mal e quase virou uma réplica dos bolivarianos”.

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