quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

BRINCANDO NOS CAMPOS DO PRÉ-SAL


A providencial notícia de espionagem é o pretexto para o adiamento, por falta de concorrentes. Estatais e chinesas interessam para garantir fornecimento futuro de petróleo e nem se importam em ser operadoras. Até já ofereceram financiamento para cobrir os 30% que cabe à Petrobras. O governo está de olho mesmo é no “presente” do bônus de assinatura para cobrir superávits (15 bilhões de dólares) mais do que na repartição do óleo “futuro”. Até outubro o governo vai fazer de tudo para ter um bom desempenho no teste do 1º e único poço de Libra, nem que tenha que abrandar as exigências: pouco direito de voto (35%), ainda sujeito a veto da estatal PPSA no que tange a custo. A providencial notícia de espionagem é o pretexto para o adiamento, por falta de concorrentes. São exigências demasiadas que só podem contar com empresas estatais e chinesas, interessadas apenas em garantia de fornecimento futuro. Mesmo com a queda de produção na bacia de Campos e apesar do insucesso das empresas “X”, as apostas não têm compromisso no presente: O que importa é o sucesso do 1º e único poço promissor. Depois virão outros e muita coisa pode ser mudada no próximo governo. Se a oferta de dólares realmente for mais restrita a Petrobras terá sérias dificuldades para importar gasolina e etanol – pelo menos momentaneamente – por preço ainda mais caro do que já está fazendo. O subsídio à gasolina importada – que já é um transtorno para a Petrobras – se tornará ainda maior com preços mais elevados da gasolina e etanol devido ao fim do estímulo que a economia dos EUA vai passar – gradualmente – nesse ano de 2013 e seguintes. Já perdemos muito dinheiro com essa brincadeira. Bom mesmo é que não se perca a esperança, porque os americanos – como sempre – chegarão primeiro. É bom lembrar que 30% cabem à Petrobras no mínimo, como operadora única, o que significa redução proporcional do bônus de assinatura.

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