segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

POLÍTICA DE ESTÍMULO AO CONSUMO


A INGENUIDADE DO ESTÍMULO AO CONSUMO O “Tsunami de dólares” – que tanto irritou a presidente – é o mesmo que chegou ao Brasil –através da China – com o boom das comodities. Ocorreu simultaneamente aos estímulos ao consumo no Brasil. Não constituiu surpresa alguma a valorização do Real frente ao Dólar que levou ao consumo de vasta gama de produtos importados. Apesar de esgotados, os estímulos persistem até hoje. Tal como nos EUA o governo brasileiro não precisaria tomar nenhuma providência porque os salários já estavam valorizados pela imensa oferta Chinesa de uma vasta gama de mercadorias baratas. Estimular o consumo de bens específicos serviu para reforçar ainda mais o poder de compra dos assalariados, à custa daqueles que ficaram de fora dos incentivos. O trabalhador se tornou mais caro para as outras atividades, perdendo competitividade e o país desindustrializou. O ex-presidente aproveitou uma janela dos enormes superávits produzidos pelo “boom das comodities” – minérios e agronegócio subsidiado – para constituir grande reserva e fazer a distribuição de renda com aumento dos salários acima da inflação. Poderia ter aproveitado para fazer investimentos em infraestrutura, mas não foi isso que aconteceu. Retirou IPI de alguns produtos e entupiu as cidades e estradas de automóveis e caminhões. Inclusive as pequenas cidades. Poderia ter aproveitado o momento para fazer investimento em infraestrutura. Não o fez. Aumento generalizado dos salários acima da inflação torna o trabalhador brasileiro caro e faz perder a concorrência para países mais pobres. Não há desindustrialização, mas mudança para o setor de serviços, uma característica precoce de país industrializado. Nossa industrialização se deu na década de 70 e de lá pra cá voltamos ao setor primário.

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