segunda-feira, 8 de dezembro de 2014


O FIM DOS RESERVATÓRIOS DE REGULAÇÃO A opção por hidroelétricas sem reservatórios (fio d’água) é uma decorrência natural do relevo da última fronteira Amazônica e não uma questão apenas ambiental (também importante). Não são os ambientalistas que impedem: é a geografia, senhor.... Os ambientalistas se opõem com justa razão. Têm a experiência dos alagamentos naturais. Não podemos brigar com a física. Construir ou não mais reservatórios não é uma questão objetiva. Primeiro, é preciso que existam locais apropriados que vão se tornando cada vez mais escassos. Não podemos menosprezar o trabalho dos ambientalistas, pois foi graças à ação dos mesmos que se tornou possível a redução do reservatório de Belo Monte para ridículos 516 km² de área alagada, conservando a mesma capacidade instalada. Isto mostra quão pouca importância têm reservatórios de usinas de fio d’água e de foz, como é o caso. “O tempo de o Brasil construir hidrelétricas com grandes reservatórios, como fez durante as décadas de 70 e 80, já passou.” O Lago de Furnas atingiu nas últimas semanas o nível mais baixo dos últimos dez anos. O volume de água atingiu 755 metros acima do mar (menos de 1/3 do volume útil), ou seja, ficou abaixo da cota 762 – nível mínimo que garante as atividades do turismo e da piscicultura (2/3 do volume útil). A Cota 762 foi definida na década passada como forma de proteger as atividades econômicas no entorno do reservatório de Furnas. Na época, a Alago (Associação dos Municípios da Região do Lago de Furnas) conseguiu firmar um pacto com o ONS (Operador Nacional do Sistema) para manter o nível mínimo em 762 metros acima do mar. (Altino Ventura, secretário do MME).

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