segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS


Recordando a palestra proferida pelo competente engenheiro Adriano Muniz nesta tarde, aproveito para comentar proposta repetida na web para ilustrar a utilização eficiente da energia no uso final que ainda pode ser realizada (no hospital São Francisco): “Manter ligado o gerador de reserva, deixando a Cemig na reserva”. Além de sair mais em conta, providenciar a retirada do radiador e ligar serpentina ao reservatório de banho dos pacientes, que - sem sombra de dúvida- é a demanda predominante em qualquer hospital, inclusive o Einstein. O restante da carga é mínimo: iluminação e pequenos aparelhos. Certo receio do encarecimento da energia pode levar à prática conservacionista no uso final da energia e à geração própria de forma distribuída. – indústrias que utilizam gás em “calor de processo”, concorrentes das usinas térmicas deveriam também produzir eletricidade e não apenas calor como, por exemplo, cimenteiras, cerâmicas, refratários, vidro, papel e celulose, etc. – Hospitais, shopping-center, condomínios, escolas não podem prescindir de geradores próprios que produzem ao mesmo tempo calor e eletricidade. Além de ficar mais em conta utilizam o calor dos gases no aquecimento de aparelhos elétricos que, indubitavelmente constitui a maior carga destas instituições. Hidroelétricas podem operar com toda sua capacidade instalada (potência em MW) por breves períodos de ponta ou vizinhança de uma situação de risco iminente. Mas, a energia ficará cada vez mais reduzida ao tempo do período breve. A medida que a carga do sistema cresce cada vez mais as hidroelétricas – em menor proporção – vão, sistematicamente, sendo jogadas para a ponta e produzindo menos energia e, consequentemente diminuindo a necessidade de vazão regularizada para suprir esta peque produção de energia, até que caia abaixo da vazão natural dos rios. Reservatórios deixam de ter significado como produtor de energia ao sistema e passam a funcionar próximo do nível superior do reservatório garantindo potência em intervalos de tempo cada vez menores. Esta é a condição de funcionamento do sistema dos países como a China que voltaram a construir grandes reservatórios, mesmo depois de atingir predominância térmica. Daí os baixos fatores de capacidade (Usina de 3 Gargantas).

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