segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

AS REFORMAS DE DENG XIAOPING.


– “Desaparecimento das bicicletas das ruas de Pequim e sua substituição por modernos automóveis que circulam nos oito anéis, com mais de 800 quilômetros de extensão, que envolvem a cidade” (LCMB). – Hábitos de consumo da juventude chinesa na parte do país que está integrada à economia de mercado. São 500 milhões de cidadãos que vivem hoje no que os economistas chamam de economia formal, com emprego e salários em expansão. – Nos próximos anos, a China será de longe o maior centro de consumo do mundo. Por volta de 2021, os números chineses vão moldar uma nova rodada da globalização da economia mundial. Para ser verdadeiramente global, com todas as suas vantagens do ponto de vista da produtividade e rentabilidade, a empresa transnacional de hoje terá que ter uma participação importante na China. Aquelas que não conseguirem chegar a essa situação vão ter muitas dificuldades para sobreviver. Dou um exemplo dessa afirmação: as montadoras de automóveis. Em 2021 o mercado chinês de veículos será no mínimo 70% maior do que o americano e quase o dobro do europeu. Nessa situação, sem uma parcela desse mercado, as empresas globais de automóveis terão que amortizar seus investimentos, em inovações e novos produtos, em um volume bem menor de produção. Por uma simples conta de dividir, o leitor pode concluir que seus custos serão maiores do que seus competidores com acesso ao mercado chinês e, portanto, ficarão em situação mais frágil do ponto de vista econômico e financeiro. Outro exemplo é o da indústria de telecomunicações e internet. Os gigantes Huawei e a Alibaba já dominam os mercados mundiais em termos de venda a valor adicionado. Essa nova arma nas mãos dos planejadores chineses certamente vai ajudar nos próximos anos a transformar a China em um país extremamente poderoso. Certamente vamos assistir a mudanças importantes na forma como as multinacionais têm acesso ao mercado consumidor na China, em associação com capitais estatais ou privados chineses. – As restrições ao investimentos estrangeiro vão ser mais rígidas, e as empresas chinesas do setor automotivo vão passar por um violento processo de consolidação. Como resultado, vamos ter o aparecimento de ao menos dois ou três gigantes, com a produção anual de pelo menos 5 milhões de veículos.

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