segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

FUGA DE INVESTIMENTO INVIABILIZA PRESAL.


A anunciada eliminação dos estímulos do FED combinado com o sucesso na exploração do gás de xisto nos EUA traz como consequência a valorização do dólar – como já está ocorrendo – e às dificuldades da Petrobras na importação de gasolina, diesel e etanol. Se, o “1º tsunami de dólares” barateava o combustível importado, ainda era possível a equiparação do preço nas distribuidoras. Agora é impossível: imagina o efeito perverso de uma valorização do dólar que encarece o gás, gasolina e etanol importado pela a Petrobras daqui pra frente. Nessa altura dos acontecimentos uma alta no preço dos combustíveis na bomba seria “um tiro no pé” tendo em vista o clamor das ruas. A exploração do gás de xisto nos EUA registrou produção recorde em 2012 e o sucesso acabará refletindo no preço comodities inclusive o petróleo. Eventos simultâneos: – Valorização da moeda dólar, que já está ocorrendo. – A exploração gera um ambiente propício ao investimento. – Retorno dos dólares devido a eliminação dos estímulos americanos do FED. – Aumento da taxa de juros do FED. “A desvalorização cambial ocorrida no último mês elevou a defasagem dos preços domésticos em relação ao mercado internacional de 9,8% para 15,9%, no caso da gasolina, e de 6,5% para 13,4%, no caso do óleo diesel. O cambio desvalorizado também impacta o endividamento da empresa” (Adriano Pires). “fuga de dólares” aumenta – momentaneamente –despesa da Petrobras, mas estimula a produção nacional de etanol e de gás. O etanol deve ficar mais competitivo do que a gasolina este ano e se o preço da gasolina for finalmente equiparado – agora mais justificado pela alta do dólar – o etanol premiado de cana tem chance de sair da estagnação dos últimos anos. Há cerca de 3 meses que o presidente do FED vem dando sinais da retirado dos estímulos à economia americana em crise. Agora, são os países atingidos pela alta do dólar que vão pedir cautela na retirada dos estímulos na reunião do G20 que se aproxima. Sabíamos que mais dia menos dia os dólares acabariam por voltar ao seu local de origem e porto seguro. Só não sabia quando. Agora ocorre a mesma coisa com sinal trocado – não mais como consumo de mercadorias baratas – mas como investimento. Viagens ao exterior se tornam mais caras, e brasileiros vão usar o dólar mais caro para comprar imóveis ou investir em empresas americanas. A eliminação dos estímulos do FED traz como consequência a valorização do dólar e aumento dos juros – como já está ocorrendo. O enorme sucesso na exploração do gás de xisto nos EUA não fez baixar o preço do barril porque a exportação está proibida. As dificuldades na importação de gasolina, diesel e etanol que a Petrobras vá ter de bancar daqui pra frente vão aumentar. Se, o “1º tsunami de dólares” – que tanto irritou a presidente – barateava o combustível importado, ainda era possível a equiparação do preço nas distribuidoras. Agora é impossível: imagina o efeito perverso de vários eventos simultâneos: – Aumento no preço do barril em dólares – contrariando as expectativas. – Valorização do dólar que encarece o diesel, gasolina e etanol importados. – Déficit na conta petróleo devido à queda na produção doméstica. – Fuga de investimento com a elevação dos juros da economia americana.

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