quarta-feira, 13 de abril de 2011

LOBÃO E O CORDEIRO

Essa é mais uma fábula da nossa maior sumidade em matéria de energia: Lobão, o outro é claro.
Qualquer estudante de geografia sabe que reservatórios de foz não produzem efeito retroativo sobre usinas de montante (Jatobá, Cachoeira do Caí, etc.). “Águas passadas não movem moinho”.
Sobrevoei o Rio Tapajós (pelo Google é claro) e constatei que São Luiz está quase ao nível do mar numa baixa altitude. Mesmo que fosse construído um imenso reservatório das três usinas, como a foto parece indicar, a energia potencial armazenada – produto do volume pela altitude -- seria ínfima.
Ainda que existisse alguma, a interligação com outras usinas seria inútil porque ‘não há transferência de energia potencial entre rios isolados de mesmo regime sazonal’.
A região Amazônica não é uma bacia única integrada, mas um conjunto de rios isolados sem ligação física que possibilite a transferência, como nos rios do Sudeste.
È como interligar duas barras de mesma tensão em um circuito elétrico.

Em busca de carvão vegetal barato:
o deslocamento de siderúrgicas para a Amazônia*
Maurílio de Abreu Monteiro**

Nenhum comentário:

Postar um comentário