quarta-feira, 13 de abril de 2011

ELEFANTES BRANCOS

As decantadas usinas de biomassa não são expressivas. Utilizam bagaço de baixo poder calorífico em um processo termodinâmico antiquado. O rendimento monetário pode ser grande porque usam um insumo de valor comercial desprezível que nem as olarias e cerâmicas utilizam. Não compensa o transporte.
Nem como “calor de processo” as usinas de açúcar deveriam usar, muito menos para gerar energia elétrica num processo equivocadamente chamado de cogeração.
A verdadeira cogeração é a utilização de usinas de ciclo combinado, através de termoelétricas a gás ou álcool associadas na mesma planta, com pleno aproveitamento da energia calorífica do combustível:
- Energia eletro-mecânica útil no eixo do conjunto turbina-gerador.
- Energia calorífica – considerada perdas nos gazes de escape - utilizado para economizar bagaço que, por sua vez, é reservado para produção de mais álcool, no aproveitamento integral da cana de açúcar.

No sul e cerrado mineiro o bagaço de cana tem sido usado na fabricação do rico composto orgânico fermentado com sobras de café despolpado e vinhoto por via úmida que, lançado nos rios constituem severa ameaça ao meio ambiente. No mais das vezes é utilizado como cama de aviários, pocilga e confinamento de bois. Em última instância, como cobertura morta de pastagens degradadas.

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