quarta-feira, 13 de abril de 2011

CARAJÁS:

: EM BUSCA DO ELO PERDIDO

Como não é assunto de nossa alçada reproduzimos “ipsis literis” um resumo do brilhante trabalho feito pelo próprio autor a quem cabe os créditos:

Maurílio de Abreu Monteiro

O artigo analisa o processo de instalação, na Amazônia Oriental brasileira, de diversos
produtores independentes de ferro-gusa, nas últimas duas décadas. Foram implantadas no Corredor da Estrada de Ferro Carajás doze siderúrgicas. São empresas dedicadas somente à produção desta commoditie cuja produção requer elevada quantidade de energia suprida por carvão vegetal.

Neste artigo, mostramos que houve deslocamento para a Amazônia de indústrias que
até os anos 90 estavam concentradas exclusivamente no Sudeste brasileiro e que a demanda de carvão vegetal consolidou-se como principal elo de articulação da siderurgia com a socioeconomia da região de Carajás.

A produção de carvão vegetal tem acarretado muitos impactos sociais e ambientais na região Amazônica. Impactos que se materializam pela ampliação da pressão exercida sobre a floresta amazônica, por práticas ambientalmente imprudentes e pela produção do carvão vegetal sustentada por trabalho precário, mal remunerado e insalubre.

Exemplo de um cenário diante do qual se desenha como alternativa é a manutenção da fabricação de ferro gusa nos moldes atuais e a incorporação de pequenos fornos elétricos a arco para a produção de aço. Contudo, a possível instalação de mini-aciarias na região, por si só, não resolve o principal problema socioambiental que envolve o beneficiamento do minério de ferro na região, vinculado aos efeitos deletérios da produção carvoeira, podendo inclusive agravá-los.

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