quarta-feira, 13 de abril de 2011

HONORIS CAUSA

TÍTULO
Este é mais um passo na direção de transformar a
Eletrobrás na “Petrobras do setor elétrico”, cuja re-estatização rendeu bons frutos eleitorais ao atual governo. Esta foi a 1ª, mas a Eletrobrás, como 2ª, é a que mais rende impostos e encargos através das subsidiárias, responsáveis pela geração e distribuição de energia, com os quais manterem a estrutura de poder necessária às mudanças sociais: “fora do poder não há salvação”.
A 3ª é a Vale, do setor de mineração, responsável – junto com o agronegócio -- pela manutenção do superávit primário. Estes requerem subsídios aos combustíveis para se manter.
A compra da EDP atende pedido do mentor -- “a quem está indissoluvelmente ligada”, segundo declarações da própria presidenta. Juntos estiveram na cerimônia em que o ex-presidente foi agraciado com o título merecido de doutor “Honoris Causa” na Universidade de Coimbra.
Diante das dificuldades pelas quais está passando a nossa “mãe Lusitana”, só falta agora anexar Portugal ao ‘Reino Unido de Brasil & Algarves’.

PRIVATIZAÇÃO DA VALE

O novo presidente não vai ter a mesma autonomia de Agnelli, mas não mudará significativamente a estratégia seguida pela diretoria anterior. Está condicionada a permanência do preço do minério de ferro que pode não durar para sempre. Segue a mesma linha de cautela da substituição de Meireles por outro da casa. Nos dois casos a mudança é quase imperceptível.
Tudo depende de acordos políticos na programada viagem a China ocasião em que a presidente estará sozinha para tomar suas próprias decisões.
O máximo que a China pode oferecer é a venda de carvão de pedra casada com a exploração local, da mesma forma como a maioria das siderúrgicas brasileiras já fazem. Não tem futuro. Só para China, EUA e Bulgária.
Do ponto de vista técnico e ambiental o futuro está exploração descentralizada da siderurgia a carvão vegetal e cogeração de energia por meio do gás natural e fornos a arco. Mas, esta é uma alternativa descentralizada que não interessa ao governo porque escapa ao controle estatal.

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