segunda-feira, 21 de outubro de 2019

a construção do reservatório de Furnas na década de 60


CONCLUSÃO Na construção do reservatório de Furnas na década de 60, a superfície de alagamento de 1460 Km² atingiu vinte e cinco municípios, gerando enorme polêmica. É claro que reservatório desta dimensão não será ambientalmente viável na Região Amazônica, especialmente por se tratar de região de floresta tropical. A Área inundada será bem menor como mostra a recente licitação das usinas do Rio Madeira: 250 Km² ou 1/6 da área inundada por Furnas. Em Belo Monte no Rio Xingu, a superfície já foi reduzida para cerca de 500 Km² ou 1/3 da de Furnas. Uma redução da altura útil de pelo menos 4 vezes, associada à redução da superfície alagada de 5 vezes, resulta em um reservatório de volume útil 20 vezes menor do que o reservatório de Furnas. Ocorre ainda que, geograficamente, os potenciais estão situados em planície de baixa altitude, o que limita ainda mais o estoque de energia produzido pelo reservatório. Considerando os três fatores, superfície, altura útil e altitude o estoque de energia produzido por usinas do tipo daquelas do Rio Madeira será inferior a 1% daquela produzida pelo reservatório de Furnas. Redução da altura implica em menor capacidade de produzir energia de cada potencial, o que significa maior custo de equipamento por kW instalado (aumento do numerador e diminuição do denominador). Entretanto, com reservatórios mínimos os custos de barragem e reservatório — maiores dispêndios dos empreendimentos hidroelétricos — praticamente deixam de existir. Com isso, o custo do Kwhora fica bastante reduzido, como mostra a recente licitação das usinas do Rio Madeira.

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