segunda-feira, 18 de julho de 2011

GAS COMO INSUMO

Um dos poucos consensos existentes entre os especialistas de energia neste momento é o reconhecimento de que a crise energética, em particular a crise nuclear que se estabeleceu no Japão após o grande terremoto do dia 11 de março, tenderá a beneficiar o mercado internacional de gás natural como a melhor alternativa de curto e médio prazo para se restabelecer o fornecimento de energia elétrica no Japão.
Adicionalmente, a produção nacional de gás natural norte-americana se recuperou a partir do shale gas o que pressionou ainda mais para baixo os preços no mercado internacional de GNL. O resultado foi o surgimento de um excesso de capacidade de liquefação e de transporte.
Enquanto países industrializados ainda têm alguma esperança na “quimera do gás de xisto”, o Brasil dá-se ao luxo de re-injetar gás natural nos novos poços ou queimá-lo simplesmente, por falta de consumidores

Mesmo com reservatórios cheios nesta época do ano o regime de operação do sistema elétrico tem sido alterado de forma a tornar a operação das centrais termelétricas a gás mais freqüente.
“Alguns fatos recentes indicam que a revisão do regime de operação do setor elétrico é exeqüível: (i) As descobertas de gás natural no mar e em terra irão disponibilizar volumes relevantes de gás natural nos próximos anos; (ii) A prática comum de despacho de centrais termelétricas por razão de segurança revela a insatisfação com o regime de operação atual do setor elétrico” (Luciano Losekann).
Mas, se o custo operacional médio é mais elevado, os riscos por acidentes climáticos são menores diminuindo a necessidade de investimentos em linhas distantes, cujos custos de capital são excessivos.
Para avaliar o efeito líquido para o setor elétrico é necessário quantificar as alterações de custo de capital e operacional resultantes da operação mais freqüente de centrais a gás.

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