CRA e ações afirmativas
Mas apenas Fannie e Freddie não seriam capazes de estimular todo o mercado imobiliário, e muito menos o mercado subprime(subprime se refere a tomadores de empréstimo com histórico de crédito ruim). É aí que entra em cena a segunda política governamental: ação afirmativa para empréstimos.
Fannie e Freddie não eram as únicas entidades utilizadas para reduzir os padrões de empréstimos. Agências governamentais de vários tipos começaram a pressionar os bancos a fazerem empréstimos mais arriscados, e tudo em nome da "igualdade racial". Caso se recusassem a assumir este comportamento temerário, os bancos poderiam ser legalmente processados por discriminação e racismo.
Em 1992, um estudo feito pela sucursal do Federal Reserve de Boston afirmouter encontrado claras evidências de que, mesmo levando-se em conta as diferenças na capacidade creditícia de cada indivíduo, as minorias recebiam menos empréstimos do que os brancos. Tal estudo foi considerado como definitivo por aqueles já dispostos a acreditar em sua conclusão: a saber, que os bancos americanos discriminavam negros e hispânicos — mas, curiosamente, não discriminavam os asiáticos, que recebiam ainda mais empréstimos do que os brancos.
Este estudo ressuscitou uma lei conhecida Community Reinvestment Act. Trata-se de uma lei criada ainda no governo de Jimmy Carter, no final da década de 1970, e que foi plenamente revigorada no governo Clinton. Esta lei deixou os bancos à mercê de processos por discriminação caso eles não emprestassem para minorias em um volume suficientemente alto, que satisfizesse as autoridades.
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